CREDO__1O CREDO APOSTÓLICO
O PAI TODO PODEROSO – II

Creio em Deus, o Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único filho, nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria,
Padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus; está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo, Na santa Igreja católica (universal, cristã);
Na comunhão dos santos;
Na remissão dos pecados;
Na ressurreição da carne;
Na vida eterna.
Amém.
Como já foi dito, o Deus que é confessado no Credo é o Deus Uno e Trino: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A primeira pessoa a ser confessada no Credo é Deus Pai, o Deus que se revela como Pai, que é todo-poderoso, criador do céu e da terra.
Esse Deus confessado no Credo não é só Uno e Trino; esse Deus confessado no Credo é – enfatizemos duas palavras – infinito, isto é, ele é maior do que toda a criação.
Ele se assenta acima de toda coisa criada, mas esse Deus infinito que não é comportado pela criação, esse Deus também é pessoal.
Ele se dirige a nós, ele vem a nós, ele nos chama pelo nosso próprio nome (Is 49:15-16). Isso é muito importante. Essa primeira afirmação é salvaguarda de tudo o que vem a seguir.
Nós cremos em Deus – se revela como o Pai, o Filho e o Espírito Santo, mas esse Deus Pai, Filho e Espírito Santo é infinito e pessoal.
Nós somos cocriadores, mas nós cocriamos algo já criado previamente. Deus não! Deus existia sempre e sempre como o Pai, o Filho e o Espírito. Esse Deus majestoso dá uma ordem e tudo se faz.
Com uma palavra ele preenche o que era vazio. Com uma palavra ele dá forma àquilo que antes não existia. Portanto segundo as palavras de Agostinho:
“Deus está acima do que em mim há de mais elevado e é mais interior do que aquilo que eu tenho de mais íntimo”.
Portanto, nos dois primeiros capítulos de Gênesis nos é revelado, de um lado, o Deus infinito, o Deus que reina sobre toda a criação, o Deus que é muito maior do que toda a criação.
Por outro lado, esse mesmo Deus desce do seu trono para criar o ser humano, para soprar o seu Espírito sobre o ser humano, para entrar em uma aliança com os seres humanos, Adão e Eva.
Então, quando meditamos no primeiro artigo do Credo, “o Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra”, nós somos lembrados que Deus é esse ser Uno que se revela como o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e esse ser Uno e Trino é infinito e pessoal.
O Credo afirma que nada escapa à força poderosa do Pai. Temos aqui em eco do texto bíblico quando é dito que nada é impossível para esse Deus.
A história do diálogo do Deus Eterno com Sara, em Gn. 18.1-15, é encantadora. Sara ri quando Deus diz que ela vai engravidar com noventa anos de idade.
E a pergunta que Deus faz a Sara não tem resposta: “Acaso, para o Senhor há coisa demasiadamente difícil?”
Quando nós confessamos, então, que Deus é todo- poderoso, estamos confessando não só que ele sustenta todas as coisas, que ele as mantém por seu poder, mas que também esse Deus pessoal é o Deus que se digna a dizer-nos que nada é impossível ou inalcançável para ele, e que intervém em nossa história.

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