O CREDO DOS APÓSTOLOS
Creio em Deus, o Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu único filho, nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria,
Padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus; está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo, Na santa Igreja universal;
Na comunhão dos santos;
Na remissão dos pecados;
Na ressurreição da carne;
Na vida eterna.
Amém.
O TESTEMUNHO DAS ESCRITURAS
O NASCIMENTO VIRGINAL DE JESUS
OS EFEITOS DO ILUMINISMO E DO LIBERALISMO
Embora a igreja tenha afirmado o nascimento virginal de Cristo por 2.000 anos; nos últimos 200 anos alguns consideram um escândalo.
O Iluminismo e o surgimento da teologia liberal são os responsáveis por essa separação radical entre a ortodoxia e a história da igreja.
Durante o Iluminismo, teólogos e filósofos utilizaram a razão humana independentemente da revelação divina e da ortodoxia histórica.
A Escritura tornou-se um mero documento histórico, sujeito a todo tipo de críticas comuns a qualquer texto literário que não tenha um status de autoridade divinamente instituída.
Assim sendo, o Iluminismo e seu efeitos na teologia produziram uma divisão entre a ortodoxia histórica e a nova compreensão liberal da teologia.
O TESTEMUNHO DAS ESCRITURAS
Contra os pronunciamentos de alguns teólogos modernos, os Evangelhos, de forma ousada, retratam o nascimento de Jesus como uma intervenção miraculosa e sobrenatural de Deus.
Tanto Mateus como Lucas confirmam a concepção virginal de Jesus: Mt.1.18 – “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo”.
De acordo com o evangelista, Maria cumpriu a profecia de Isaías 7.14 e 9:6-7: “Eis que a virgem conceb4rá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel”
Lucas, em sua narrativa, enfatiza o fato de que Maria era uma virgem, repetindo isso. O anjo Gabriel foi “a uma virgem”, e “a virgem chamava-se Maria”(Lc.1.27).
Lucas oferece mais detalhes sobre o papel do Espírito Santo. Ele explica: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus” (Lc.1.35).
Entendidos à luz da história da salvação, esses relatos dos Evangelhos sobre o nascimento virginal satisfazem o anseio do AT por um salvador. Deus fez uma promessa em gênesis 3.15 de aniquilar aquele que trouxe corrupção.
Com o nascimento de Jesus, Deus cumpriu suas promessas de redimir seu povo, destruir o pecado e introduzir uma nova criação.
Além disso, Maria e José são modelos de como receber o nascimento virginal pela fé. José soube da gravidez de sua prometida, como homem justo, ele não quis humilha-la, nem persegui-la, mas deixá-la em secreto.
Então, quando o anjo apareceu a José e explicou que a criança no ventre de Maria fora concebida pelo Espírito Santo, ele creu. Ele fez exatamente o que o Senhor lhe disse.
Mt. 1.20 – “Não temas receber Maria como tua mulher”. Maria e José foram exemplos da fé em Deus e da fidelidade aos seus planos.
O SIGNIFICADO DO NASCIMENTO VIRGINAL
A concepção virginal de Cristo tem importância doutrinária significativa para a Igreja, abordaremos três implicações:
1)O nascimento virginal afirma a real identidade de Cristo como verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Wayne Grudem resumiu a importância dessa doutrina:
Deus, em sua sabedoria, ordenou uma combinação de influência humana e divina no nascimento de Cristo, de modo que sua plena humanidade seria evidente para nós pelo fato de seu nascimento humano comum por meio de uma mulher, e sua plena divindade seria evidente por sua concepção no ventre de Maria pela obra poderosa do Espírito Santo.
2)O nascimento virginal certamente aponta para o milagre pelo qual essa criança é concebida sem pecado. Destarte, todos que descendem de Adão recebem a culpa do pecado, entretanto, Jesus não descende de Adão, logo não participa dessa condição comum (2Co 5.21; Rm 5:18-19).
3)O nascimento virginal acentua a natureza miraculosa da redenção de Deus. A concepção virginal de Jesus pode ser explicada apenas pelo ato soberano e unilateral de Deus – essa criança é um presente Dele.
Como viu Lutero, um novo começo precisava ser feito, e uma nova criação, iniciada.